quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

CÉU AZUL DE VERÃO II




O mau que habita em mim está nas minhas asas

Asas de um anjo negro

Asas negras de corvo.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

CÉU AZUL DE VERÃO.




One of these mornings
You're gonna rise, rise up singing,
You're gonna spread your wings,
Child, and take, take to the sky,
Lord, the sky

É uma época quente aqui, verão de sol a pino e, de vez em quando, a chuva, que bate no asfalto fervente, faz brotar uma fumaça do cinza frio. É curioso ver a poeira da cidade suja e escaldante  sumindo na névoa que sobe para o céu.

 A menina, aproveitando a bebida gelada em todos os cantos, ENCHEU A CARA de um coquetel doce de frutas e, alucinada,  tatuou grandes asas nas suas costas. Asas pretas que pareciam de um corvo mitológico.

Virou seu costume de verão: após longos banhos gelados passava um tempo sem fim de costas para um grande espelho  movimentando voluntariamente as escapulas e vendo as asas tatuadas se movimentarem.  

Quase. Quase. Por um triz as asas a fariam alçar voo. 

Faltava pouco para alcançar o céu azul de verão.